sábado, 29 de agosto de 2020

Um Presente Especial

Hoje ganhei um presente. Sim, um presente especial.

Final de tarde, estava eu sentada no sofá da sala com o tablet na mão depois de ter jogado algumas partidas do meu jogo favorito. De repente meu gato entrou pela porta da sala com alguma coisa na boca se mexendo e colocou no chão, perto dos meus pés. 

A coisa que ele trouxe saiu correndo desesperadamente pela sala, passando por cima dos meus pés. Então eu pude ver o que era: uma lagartixa de muro (alguns chamam também de calango). Era das grandes! Não deu muito tempo de agir, foi aquele alvoroço pela casa. Enquanto isso, minha outra gata sem compreender muito bem o que estava acontecendo começou a correr também atrás do meu presente. 

Rapidamente meu gato (que por sinal se chama Eros, mas passei a chamá-lo de Pupi) pegou novamente meu presente com a boca e correu para o quintal. Fui atrás dele na tentativa de fazê-lo largar a lagartixa. Adoro lagartixas e fiquei com muita pena da coitadinha naquela situação desesperadora.

Consegui fazer com que ele soltasse a lagartixa. Ela ficou escondida embaixo da grama ao mesmo tempo em que ele a monitorava atentamente com o olhar. Rapidamente corri até a cozinha e peguei uma sacolinha plástica que serviria para cobrir minha mão enquanto eu a retirasse da grama e a colocasse em um local seguro, longe das garras do meu predador felino. 

Peguei a lagartixa e levei até o muro. Pude sentir o tamanho do seu desespero enquanto a segurava. A deixei lá segura... quando virei as costas ouvi um barulhinho: "ploft!" A lagartixa caiu do muro e sumiu por entre as folhas secas do chão. 

Por um momento tentei encontrá-la, olhei por toda a volta - em vão. Ela havia desaparecido! Meus gatos olhavam para mim durante toda a operação. O que será que eles estavam pensando? rss

Desencanei da situação ocorrida e ainda com a adrenalina alta vim para dentro de casa cuidar dos meus afazeres. Passadas algumas horas pensei em olhar meus gatos pela janela do quarto em que eu estava. Costumo interagir muito com os dois ao longo do dia. Quando olhei pela janela percebi  Pupi deitadinho e muito concentrado em alguma coisa que estava embaixo dele. 

Corri até o quintal para ver o que era e quando cheguei lá qual foi minha surpresa - estava ele novamente tomando conta da lagartixa! Chamei pelo seu nome, ele se levantou e veio até mim. E na primeira oportunidade a lagartixa espertamente saiu em disparada e desapareceu por entre o gramado! 


Ufa! Espero que dessa vez ela esteja bem!

PS: Uma curiosidade sobre os gatos - eles trazem as caças como presente para os donos. Confira um artigo sobre esse assunto neste link aqui

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

O Caso da Vagem Errada

Dia desses fui ao supermercado e na sessão de hortifruti aproveitei para comprar vagens, eu adoro! Aí logo vi a bandeja com as vagens verdinhas e pensei: "Oba, tem da vagem que eu gosto!". Peguei as vagens e trouxe para casa.

Preparei metade da embalagem para o almoço. Gosto de fazer tostadinhas na frigideira com um pouco de azeite, sal e pimenta do reino. Na hora de comer descobri que não era a vagem que gosto, era similar. Costumo comprar a vagem francesa, o verde dela é mais escuro e são bem fininhas. Essa era parecida na forma, mas diferente no sabor. E na embalagem (que não li quando comprei), estava escrito: vagens finas. 

Ainda tinha metade de uma embalagem na geladeira. Não consegui comer as vagens do jeito que gosto, ela é muito fibrosa, mesmo retirando aquela tirinha que ela tem nas laterais. Aí tive a ideia de transformar as vagens em bolinhos. E não é que deu muito certo? Fiz tudo no olhômetro, sem receita, mas ficaram bem saborosos.

BOLINHOS DE VAGEM

  • Primeiro higienizei as vagens, tirei as pontas e a parte fibrosa. Depois cortei em pedaços pequenos e coloquei para ferver com sal. Deixei cozinhando por alguns minutos e fui experimentando para conferir se estavam macias.
  • Enquanto as vagens cozinhavam preparei uma mistura com 2 ovos, 2 colheres de sopa de farinha de trigo, 1 colher de chá de fermento em pó, um pouco de sal e pimenta do reino. Misturei bem todos os ingredientes e ficou uma massa bem homogênea.

  • Depois escorri a água da vagem e misturei na massa. 

  • Com a massa pronta, fritei com um pouco de óleo. Peguei a massa com a colher e fui despejando no óleo quente (não precisa ser muito óleo, um pouco já é suficiente para fritar os bolinhos).


Ficaram deliciosos e foi uma forma de aproveitar as vagens que ficariam muitos dias na geladeira. 


Depois montei meu pê-efe com feijão, arroz branco e bolinhos de vagem. 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Das Pequenas Saudades

Já estamos há muito tempo em casa e hoje estava aqui pensando sobre a última vez que saí pra me divertir (e não apenar ir ao supermercado... rs).

Uma das coisas que gosto muito de fazer sozinha no Rio é caminhar pelo Centro. O Centro reúne museus, feirinhas, sebos, além da própria arquitetura que acho lindíssima (apesar de muitas delas estarem deterioradas pelo tempo ou por falta de cuidados mesmo).

Minha última ida ao Centro do Rio (antes do isolamento social), foi logo após o carnaval. Fui ao CCBB prestigiar a exposição recém inaugurada "Ivan Serpa: A Expressão do Concreto"Neste link aqui, do Google Arts & Culture, dá para acompanhar todo o trajeto da exposição. Vale a pena dar uma olhada. Gostei bastante da exposição, a última galeria foi a que mais me chamou a atenção pela combinação de cores das pinturas, todas muito vibrantes e alegres.

Montagem com fotos tiradas de frases significativas ao longo da exposição.
Selfie em frente ao pátio do prédio da Casa França Brasil.

Pois bem, tenho sentido muita falta de fazer esses meus pequenos passeios pelo Centro. Hoje especialmente senti uma saudade danada dessa minha antiga rotina. Meus entretenimentos atuais se limitam a leitura de livros, assistir séries, jogar June's Journey (rs esse jogo é muito bom).

Logo que for possível e seguro desejo retomar meus passeios pelo Centro da cidade. Muitas coisas necessitam ser organizadas na minha vida pessoal ainda para isso poder acontecer. 

Enquanto isso, eu alimento minhas saudades olhando fotos antigas no Google Fotos. 

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Sobre Viver

Viver o ano de 2020 está tendo um significado diferente. O ano está passando de uma forma tão estranhamente opaca que mal consigo acompanhar.

Aconteceu de um tudo desde o início da quarentena que eu paro e penso: "_Mas gente, jamais imaginaria esse enredo para minha vida em pleno mês de agosto!"

Pois então, me lembro com tanta clareza da última sexta-feira "normal" antes de tudo isso começar. Olha bem esse dia da semana: 13 de março! Sim, era uma sexta-feira 13!

Já era noite e eu estava na UERJ, primeira semana de aula ainda (pois é, estou concluindo uma segunda graduação), procurando a sala que teria minha segunda aula do dia, iria conhecer meu novo professor de Economia e Educação. Nesse momento meu whatsapp estava um alvoroço só, inúmeras mensagens chegando nos vários grupos de trabalho e estudo. O governo estadual havia acabado de decretar o início do isolamento social, que até então duraria 15 dias. 

Encontrei o professor de Economia no corredor do 12º andar, sentado e sozinho. O zelador do andar me informou que era o professor que eu procurava, até então eu não o conhecia. Me apresentei, trocamos meia dúzia de palavras e ele me mandou ir pra casa pois não teria mais aula naquele dia. Pois bem, desde esse dia estou em casa... 

Enquanto ia pra casa eu só pensava uma coisa: "Meu deus, vamos ficar 15 dias em casa. Acabamos de voltar do carnaval. Minha turma de bebês do maternal já está se adaptando e esses dias longe vai desandar todo o meu trabalho...". Juro que fui pra casa desolada, de verdade. Sou professora do segmento da Educação Infantil e estava com uma turma de bebês de 1 ano e 6 meses em adaptação. 

A minha inocência diante da situação foi tão surreal, que eu não tinha a menor dimensão do que se passava. Para mim seria uma pequena pausa que atrasaria minha rotina. E de fato atrasou tudo mesmo, mas a pausa não foi nada pequena. 

A situação é que no decorrer dos meses, trabalhei por um período remotamente produzindo materiais para disponibilizar on-line para os pequenos. Final de maio fui desligada do meu emprego, assim como tantos outros profissionais também estão passando por situação parecida.

Estamos vivendo uma experiência muito difícil. Mas apesar da perda do emprego, agradeço por estar fisicamente bem e com saúde para continuar minha jornada por aqui. A saúde emocional ficou abalada nesse meio tempo. É andar na corda bamba para driblar os mais diversos sentimentos que tenho experimentado durante esses cinco meses. A incerteza do que vem pela frente até assusta, mas nesse momento eu venho tentando dia-a-dia praticar minha fé e ela está posta em xeque. 

Estou sem trabalhar desde o início de junho e é uma sensação estranha não ter minha rotina mais como era antes. Nesse meio tempo tenho me preocupado em manter a minha sanidade. Estou lendo mais que o normal, cozinhando e experimentando novas receitas, jogando, fazendo artesanatos diversos, brincando muito com meus dois felinos lindos, cuidando de plantas e observando a vida com um olhar mais calmo, sem pressa... 

Tem momentos que sinto minha mente me julgando "como você pode ficar assim, sem fazer 'nada', precisa fazer tal coisa, tem que resolver e blá blá blá...". É difícil silenciar uma mente turbulenta. É um exercício diário. Mas quando percebo os barulhos dela tento me acalmar.

E vou vivendo os dias, aguardando o momento de voltar às minhas atividades. A saudade aperta e dói, mas vou vivendo, sobrevivendo...

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Primeiras Palavras

Aqui estou eu iniciando mais um projeto! Mais um blog para a lista - Sim!!!

Faz muitos anos que me excluí da rede de blogs (pensando aqui, acho que excluí meu último blog no ano de 2009). Há poucos dias desse mês de agosto senti um grande desejo de voltar a escrever em um blog (será que é efeito da quarentena prolongada? Talvez...). Me veio uma nostalgia de uns tempos remotos da internet, quando surgiram os blogs, lá pelo início dos anos dois mil. Pois é, já se passaram vinte anos desde então. 

Já escrevi blog diário, já tive blogs sobre Educação Infantil (minha área de atuação profissional), mas todos foram para o beleléu. Não tive paciência para manter nenhum deles, sempre começando e depois de uns poucos anos, cansava e excluía.

E como falei anteriormente, senti uma nostalgia a respeito do assunto. Vieram tantas memórias boas me visitar, que resolvi voltar a escrever num diário on-line. Escrever em diários é um hábito que ainda cultivo (quero dizer diários físicos em caderninhos, uma coisa que eu amo).

Escrever é um ato libertador! Não importa sobre qual tema seja, quando a escrita materializa o que o pensamento muitas vezes berra na nossa mente, é uma verdadeira terapia. É assim que me sinto. Escrever organiza os pensamentos. 

Outra coisa que me ocorreu também sobre esse universo on-line diz respeito às demais redes sociais. Me desinteressei de todas elas - primeiro foi o Facebook (excluí minha conta definitivamente em 2013). Depois passaram-se uns anos e fui me aventurar no Instagram. Fiz uma conta apenas para fotografia de natureza. Daí parti para uma conta pessoal e foi aí que tudo desandou novamente. Perdi o interesse na forma como funciona tal rede e me excluí. Não fazia mais sentido para mim. 

Acredito que o blog é uma ferramenta diferente dentre as opções de redes sociais. Cheguei a pensar que ele havia deixado de existir na forma como era nos anos 2000. Sem dúvida a utilização hoje é muito mais acessível, pois os recursos de customização facilitam o uso para pessoas leigas em programação como eu. Mas me surpreendi que ainda existem muitos blogs pessoais ativos. Nem todos se renderam apenas às tentações das redes sociais da moda. 

Hoje não sou a mesma pessoa de anos atrás. Meus interesses mudaram, minha vida mudou, as pessoas com as quais convivo não são mais as mesmas... Essa é a beleza da vida: "tudo muda o tempo todo no mundo"

Este será uma espaço livre para minhas ideias, sem rotular assuntos ou temas específicos para abordar. Me sinto feliz em estar por aqui novamente.