domingo, 27 de fevereiro de 2022

A Vida É Imprevisível

Estou aqui pensando em como iniciar a escrita dessa postagem. As mãos parecem travadas e as palavras se mostram confusas em minha mente. Às vezes isso acontece, sinto vontade de escrever, mas a escrita não flui (apesar da minha vontade em me expressar). Geralmente fazer uma escrita aleatória (como esse parágrafo) ajuda a destravar o processo. 

Desejo expressar nesse texto a minha percepção do quanto a vida é imprevisível. Nas últimas semanas ela tem se mostrado dessa forma para mim.

Ainda nos primeiros dias do mês fui ao Rio resolver algumas pendências do meu curso na Uerj, já estou na reta final e precisava ver alguns documentos referentes aos estágios obrigatórios, entre outras coisas. Fui na correria, por poucos dias. 

Eis que de repente, recebo uma mensagem de uma amiga do meu antigo trabalho, me perguntando se estaria disponível para assumir uma vaga (como professora de Maternal 1) numa escola em que ela estava trabalhando no período da tarde. 

Fui até a Instituição, conversamos e comecei a trabalhar já no dia seguinte da entrevista. Tudo aconteceu de forma repentina, não estava no roteiro e me pegou de surpresa. A vida é imprevisível!

Enfim, depois de quase dois anos desempregada, finalmente consegui uma nova oportunidade de trabalho. Agora estou me adaptando à nova rotina, aos longos deslocamentos e principalmente, retomando a vida na cidade do Rio.

Aos poucos tudo vai se organizando e se ajeitando, a vida tem me feito acreditar que é assim que as coisas funcionam, não temos controle de nada. Absolutamente nada!

Nesses quase dois anos parada, enviei tantos currículos para tantos lugares e não recebi uma ligação sequer de nenhuma instituição. Até escrevi aqui sobre o meu drama a respeito das ligações que recebia, na esperança de ser alguma escola entrando em contato para marcar entrevista. 

Mas agora aconteceu! Voltar a trabalhar me trouxe uma alegria enorme em poder exercer a profissão que escolhi trilhar. Só posso dizer que é muito bom estar novamente rodeada por crianças, acompanhar seu desenvolvimento e agregar de alguma forma na vida de cada uma. 


"Novas folhas, novas flores, na infinita bênção do recomeço."
(Chico Xavier)


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Há Um Lugar Em Que O Sol Brilha Pra Você

Céu de Copacabana mandando um recado.

Marcelo Jeneci, em um trecho de sua canção chamada "Felicidade" canta que:

"Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar..."

E ele complementa:

"...Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar."

Tem horas que é até difícil ficar firme, mesmo tendo plena consciência de que (em algum momento) as turbulências irão passar.

Tenho passado os dias em uma espécie de montanha russa emocional: um momento lá no alto, vibrante e esperançosa de que tudo vai dar certo e outo momento lá na curva de baixo, sentindo uma espécie de estagnação, de que nada vai pra frente ou sair do lugar.

A euforia e o otimismo dão espaço a uma tristeza sem precedentes, deixando o peito apertado, que tende a se materializar em forma de choro. Quando este se manifesta não costumo reprimi-lo. Deixo ele sair para que outro sentimento ou emoção fique em seu lugar, muitas vezes o alívio aparece. 

São os altos e baixos da vida, tem os momentos em que as coisas estão fluindo, favoráveis e outros em que parece que o mundo vai desabar em nossa cabeça. 

Expansão e compressão, abrir e fechar, são as sensações que ficam no corpo. Elas vêm e vão, num movimento contínuo, ininterrupto. 

Há muito tempo já compreendi que a vida é cíclica. Vivemos um determinado ciclo que se repete de tempos em tempos, apresentando situações similares. 

Já aprendi também que os momentos bons duram o tempo que precisam durar, como também os ruins têm seu prazo de validade. Mas quando estamos imersos em uma situação pouco agradável a sensação que fica é de que "nunca" vai ter fim. 

Manter o bom humor e o otimismo são atitudes necessárias para levar a vida de forma positiva. Mas, em meio a tudo isso, acredito também na importância da curva de baixo da montanha russa das emoções, para apender a dosar e equilibrar a linha da vida.