segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Cagada De Pombo

Pombo passeando pela Baía de Guanabara.
Foto de 2009.

Ontem fomos (eu e meu marido) ao supermercado que tem aqui perto de casa para comprar poucas coisas que estavam faltando. Fizemos as compras, pegamos tudo o que precisávamos e saímos do supermercado em direção ao carro.

Meu marido levava a sacola mais pesada e eu levava a bolsinha mais leve. Enquanto passava por uma brechinha entre o carro e a parede de um outro estabelecimento senti ser atacada por um líquido esverdeado que escorreu pela minha cabeça e depois pelo meu braço.

No primeiro momento tomei um baita de um susto! Depois que fui entender que algum bicho havia acabado de cagar em mim! Olhei para cima e lá avistei a criatura olhando para baixo só com a pontinha da cabeça aparecendo pelo telhado. Era um pombo! 

Ele olhava para mim e eu olhava para ele e de repente me deu uma crise de riso que não consegui controlar! Qual a probabilidade de você passar por um lugar no momento exato que o pombo decide dar uma aliviada? (hahahaha) 

Rapidamente peguei meu borrifador de álcool que está sempre na minha bolsa e borrifei no alto da minha cabeça, meu marido pegou o rolo de papel higiênico que estava no porta-luvas do carro e foi passado onde estava sujo para tirar o excesso. Borrifei álcool pelo meu braço, nas compras que eu levava nas mãos e saí limpando tudo. Cheguei em casa às pressas e fui logo tomar um banho e lavar bem os meus cabelos. 

Reza a lenda que ser cagado por um pombo traz sorte... Vamos ver o que me aguarda pelos próximos dias. (hahahaha)

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Arteterapia X Mãos Inquietas E Cabeça Pensante

Tenho observado que meu nível de ansiedade aumentou muito no último ano. Acredito que as circunstâncias ocasionadas pela pandemia agravou esse quadro. Nunca recebi um diagnóstico a respeito da ansiedade, mas já consigo perceber quando saio do meu estado natural para um estado de maior inquietude. A sensação é de que um turbilhão de emoções explode internamente e provoca vontades excessivas.

A vontade excessiva que mais me incomoda é que me leva a comer sem parar. Não é um estado de fome, é uma vontade estranha de comer o que tiver pela frente para preencher algum vazio que não sei o que é exatamente. Mas a consequência de comer descontroladamente é aumentar o meu peso, o que já aconteceu nesse período de pandemia. 

Outras vezes percebo também a ansiedade que me tira completamente a vontade de me alimentar, é como se eu ficasse enjoada e recusasse qualquer alimento. Aí se encontra o desequilíbrio: ou é demais e é de menos, oito ou oitenta... 

Então nos últimos dois meses comecei a canalizar a ansiedade para outros focos. Sempre gostei muito de trabalhos manuais de diversos tipos e fotografia. Meus hobbies estavam largados lá no fundo de uma gaveta da minha consciência. 

Me automediquei com arteterapia! E essa estratégia vem me ajudando muito a retomar minha concentração que vinha sendo prejudicada pela ansiedade. Colocar as mãos inquietas na massa e realizar trabalhos manuais ajuda muito a relaxar a mente pensante, estimula a criatividade e auxilia no desenvolvimento da autoconfiança. 

Ainda estou sem trabalhar e esse episódio afetou muito minha autoestima. Não retomar meu lugar no mercado de trabalho vem mexendo com minha cabeça. Tenho muitos aspectos pessoais para reorganizar e a maioria depende de voltar a trabalhar. Estou confiante que em breve vou conseguir retornar ao mercado e a vida vai reencontrar seu eixo. Por isso a importância dos hobbies artísticos no auxílio do controle da ansiedade.

Tirei a poeira da minha câmera e voltei a fotografar pelo quintal mesmo, costumo fotografar a natureza de um modo geral. A fotografia me acalma e me relaxa. Gosto de fotografar meus gatos, os passarinhos, as borboletas, os besouros, as flores, as plantas, o céu! Acho tudo lindo! 

Beija-flor alimentando filhote.

Broto de carambola.

Flor de mato.

Flor de pitanga.

Peguei minha caixa de retalhos, agulhas e linhas e comecei a costurar à mão. Não sei fazer nada extraordinário, mas o simples fato de ver os pequenos pedaços de tecido ganhando forma dá uma alegria no coração. Estou planejando fazer capas de almofadas, mas ainda não estão prontas.

Tecidos sendo costurados para
se transformar em capas de almofadas.

Voltei a ter contato com minhas pastas de papéis, revistas, colas, tintas, tesoura, estilete, régua e demais materiais artísticos para recortes e colagens. Estou permitindo a criatividade fluir e a imaginação transbordar nos processos criativos. Criei uma série de marcadores de livros utilizando diferentes técnicas de artes.

Marcadores de livros feitos com
materiais reutilizáveis.

Aprendi a fazer desenhos utilizando a caneta do tablet da Samsung. Ele vem com um aplicativo de desenhos chamado Penup e dispõe de vários recursos e materiais para pintura. Tenho esse tablet há anos e nunca havia prestado atenção nessa ferramenta. É uma delícia me aventurar pelos desenhos. Não sei fazer nada elaborado, tenho um traço bem infantil, mas gosto dos resultados. 

Cacto sorridente.
Desenho feito no tablet.

Contemplando a chuva.
Desenho feito no tablet.

Enfim, estas são pequenas amostras das minhas produções. Tenho me permitido aventurar por diversos caminhos que os trabalhos manuais e artísticos podem me transportar. A arte liberta a mente dos pensamentos incessantes, além de ser um processo extremamente saudável. 

sábado, 11 de setembro de 2021

Todos Os Animais Merecem O Céu

Hoje o meu amiguinho de quatro patas, chamado Bread desencarnou e foi para o céu dos animais. Ele não era meu, era da minha sobrinha Carol, filha do meu irmão Charles que mora na minha cidade natal no interior de Minas.

Eu não fazia parte do seu convívio diário, mas ele me amava e tinha uma afeição forte por mim que eu não sei explicar de onde vinha todo esse amor.

Bread adorava comer pão, por isso a origem do seu nome.

Viajo pelo menos uma vez por ano para visitar minha família no interior de Minas. Costumo passar de dez a quinze dias por lá no período das férias (de julho ou dezembro). E esse era o pouco convívio que eu tinha com Bread.

Sempre que eu chegava lá ele permanecia ao meu lado por um longo período. Me sentava no sofá da minha mãe e ele pulava em meu colo, me sentava à mesa para uma refeição e ele pulava em meu colo, se aninhava e tirava um longo cochilo.

Bread era da raça pinscher, porte pequeno e há poucos meses apresentou uma doença que vinha sendo tratada com medicamentos. Mas hoje seu frágil corpinho não aguentou e ele partiu para uma outra vida, além da vida física.

Bread em diversos momentos.

Intitulei essa postagem com o mesmo nome de um livro espírita que aborda o assunto espiritualidade dos animais. Imediatamente esse título me veio à memória. Para quem ama seus animais e acredita na espiritualidade é um livro elucidativo e acolhedor.

Talvez tenha me lembrando do livro quando soube da morte do Bread, porque tenho uma teoria própria de que Bread seja a reencarnação do meu gatinho Dengo que morreu um ano antes dele nascer. Creio nisso pois só assim justifica o amor que Bread tinha por mim sem ao menos conviver com ele cotidianamente.

Dengo com o livro "Todos os animais merecem o céu".

Dengo foi (e é) meu amor felino que adotei em 2009. Quando chegou o ano de 2013 passei por problemas pessoais e tive dificuldades com moradia aqui no Rio, por isso precisei levá-lo para casa da minha mãe temporariamente até que eu conseguisse me organizar em relação à moradia e pudesse trazê-lo de volta. Mas foi uma mudança brusca para ele e em poucos meses na casa da minha mãe ele adoeceu e morreu. Parou de se alimentar, foi levado ao veterinário e nada pode ser feito. Acredito que ele tenha sentido muito a minha falta e não conseguiu viver longe. Carrego um remorso em meu coração até hoje pela perda do meu Dengo. Eu o amava muito!

Meu Dengo era puro amor.
Um lindo gato preto de olhos amarelos.

A vida tem seus altos e baixos e em alguns desses momentos passamos por fortes provações e temos que aprender na marra a lidar com as frustrações e dificuldades. Esse período da minha vida foi muito conturbado e ter ficado sem moradia e sem poder dar uma moradia adequada para o meu gatinho foi muito sofrido.

Para mim Dengo e Bread podem ter sido o mesmo espírito que passou por minha vida em períodos diferentes e me deu amor da forma como eles puderam me dar. E eu também os amei de todo o meu coração.

Perder um amigo é sempre doloroso, nunca estamos preparados para esse momento. Passei um longo período relutando em adotar outros gatos até que em 2017 venci minha resistência e adotei dois felinos peludos que amo de paixão. Eros (que depois de um tempo passou a se chamar Pupi) e Julieta.

Nesse período de pandemia eles estão ainda mais apegados a mim e eu a eles. São companheiros durante todo o dia e ficam na minha cola para tudo que eu esteja fazendo.

Tento viver cada dia com a certeza que dou tudo o que eles precisam para terem uma vida plena e feliz com amor, alimentação, um lar seguro, cuidados veterinários e muito muito muito carinho.

Eles terão seu momento de partida, mas nisso eu não desejo pensar agora, pois estamos curtindo nosso tempo de vida centrados no presente.

Hoje faço uma prece pela vida do meu amiguinho Bread para que ele seja bem acolhido no céu dos animais. E também faço uma prece pelo meu Dengo que partiu há 8 anos.

Todos os animais merecem o céu aqui na terra também, que todos possam ser acolhidos, amados e queridos por pessoas que saibam suprir suas necessidades e lhes dar tudo o que necessitam para uma estadia plena enquanto existirem.

domingo, 5 de setembro de 2021

Experimentando: Sopa De Cebola

Desde que o frio deu as caras por aqui, tenho experimentado algumas receitinhas de caldos e sopas saborosas e boas para aquecer o corpo. 

Pego uma receita ou outra na internet e na maioria das vezes costumo adaptá-las para o meu paladar ou pelo que tenho de ingredientes em casa. Sei que o resultado é sempre delicioso! 

Já fiz o caldo de abóbora com carne seca desfiada que ficou divino! Experimentei também o caldo verde, que amo e nunca havia feito em casa. Todos ficaram um espetáculo de sabor! Futuramente posto minhas versões das receitas por aqui.

Então ontem estava eu sapeando alguns blogs e encontrei o Tacho da Pepa com uma receitinha maravilhosa e fácil de sopa de cebola. Vi a listinha de ingredientes e corri para fazer. 

Dei um pulo no supermercado para comprar mais cebolas e outras coisinhas saborosas para incrementar a receita e fui para a cozinha. 

A receita é bem fácil! Amo cebola e tudo o que se pode fazer com ela com certeza ficará saboroso! 

Segui à risca a receita do Blog o Tacho da Pepa, mas senti que ficou muito ralinha, queria que ficasse mais cremosa. Então depois de pronta e depois que saboreei a primeira porção, com o restante que ficou na panela eu readaptei a receita, colocando um pouco mais de farinha de trigo em uma nova porção de cebola frita, misturando com a sopa que já estava pronta para que pudesse engrossar um pouco mais o caldo.

Essa é a minha versão da receita:

Ingredientes:

  • 6 cebolas brancas
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 5 colheres de sopa de farinha de trigo 
  • 1  xícara de vinho branco seco
  • 1 litro de água quente
  • Tomilho
  • Sal a gosto

Modo de preparo:

  1. Colocar a manteiga em uma panela (grande e que tenha o fundo mais grosso), adicionar as cebolas cortadas (cortei em meias luas finas) e deixar fritar calmamente até que fiquem douradas. Tem que ficar de olho para não deixar queimar, vá misturando de tempos em tempos. Achei essa parte mais demorada, pois o volume da cebola é bem grande. Mas ela murcha bastante. 

  2. Depois que as cebolas já estavam bem douradinhas, acrescentei (à gosto) tomilho seco. Não encontrei o fresco no supermercado, então usei o seco de pacotinho. Coloquei o sal (também à gosto) e misturei bem. Nesse momento o cheiro do tomilho rescendeu pela cozinha, uma delícia! O tomilho é opcional, se não gostar é só não colocar. 

  3. Adicionei as colheres de trigo e misturei bem. Na primeira versão da minha sopa, nesse momento o trigo ficou bem molhado. Na segunda versão coloquei o suficiente para fazer tipo uma farofinha. Deixei o trigo cozinhar levemente (sem deixar queimar) para não ficar com gosto forte.  Depois que o trigo ficou bem passado na panela, misturei o vinho branco seco e deixei ferver um pouco para evaporar o álcool. 

  4. Coloquei a água quente e misturei bem para não empelotar o trigo. Deixei cozinhar por cerca de 5 minutos. E pronto! Essa é a primeira versão da sopa que ficou com o caldo mais ralinho. Coloquei queijo parmesão e levei para o forno para gratinar. Essa dica do Tacho da Pepa fez toda a diferença! A sopa fica ainda mais gostosa!
  5. Essa é a segunda versão com o caldo mais cremoso. Detalhe para as torradinhas em formato de coração. O tomatinho uva tinha acabado, então usei o Débora.

Fiz torradinhas com pão francês, tomate, queijo muçarela e parmesão para acompanhar, salpiquei um pouco de cheiro verde e o prato ficou com um toque especial!

É muito bom preparar uma comidinha saborosa assim que aquece o corpo e alma!

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Chuva E Melancolia


Choveu na madrugada...

Choveu pela manhã...

Choveu de tarde...

Choveu no início da noite...

Entre pausas e oscilações o dia transcorreu um tanto quanto melancólico.

Não sei explicar o que acontece, mas tem certos dias de chuva que me trazem uma melancolia indescritível. Me leva a lugares adormecidos pelo tempo, guardados lá no fundo do baú da memória.

Esse sentimento vem acompanhado de lampejos de minha infância, de minha família, de amigos que já não fazem mais parte do meu ciclo de vida atual, de tantos momentos vividos que não consigo descrever. 

É um misto de sensações, de saudade, nostalgia, aperto no peito... Dá uma vontade de pressionar um botão, ir até aos lugares que a memória despertou, reviver aquele momento bom e voltar para o minuto atual. 

Dá para fazer isso, mas apenas em pensamento. E fica sempre um sentimento de que alguma coisa está faltando. Certamente o que falta é ser palpável, sentir os aromas que acompanham as lembranças, pois são apenas lembranças. 

Ah chuva...


"Que a chuva caia como uma luva,
um dilúvio, um delírio.
Que a chuva traga
alívio imediato."
(Engenheiros do Hawaii)