Já no finalzinho do mês de outubro e no decorrer do mês de novembro viajei para a minha cidade natal, Almenara, no nordeste de Minas Gerais. Passei um bom período por lá na companhia de familiares. Minha mãe e um dos meus irmãos com sua família ainda residem lá.
Foi um período em que me desconectei aqui do blog (que é a única rede social que ainda utilizo) e permaneci apenas no mundo real, vivendo os dias com pessoas queridas que por conta da distância habitual passamos pouco tempo juntos. Nesse meio tempo, encerrei mais um semestre remoto na Uerj e com isso, a conclusão do meu curso se aproxima.
Voltando ao assunto da viagem, estava com receio de sair e viajar por uma longa distância, mas como já havia me imunizado com a segunda dose da vacina, isso me encorajou a encarar esse desafio. Ainda estamos vivendo em uma pandemia, a situação não se normalizou, por isso a necessidade de continuarmos nos cuidando com as medidas necessárias.
Viajei de ônibus, que não estava abarrotado de gente. Essa viagem geralmente é muito desgastante, pois o trecho é longo. Saí de Cabo Frio e fui até Belo Horizonte, cerca de 8 horas e meia de viagem e fiquei na casa da minha irmã por uns três dias. De Belo Horizonte peguei outro ônibus que me levou direto para Almenara, por aproximadamente 15 horas de viagem.
A minha cidade natal fica numa região conhecida como Vale do Jequitinhonha, que é muito próxima do sul da Bahia. Partindo do Rio de Janeiro é uma distância considerável de quase 1.200 km. No ano de 2019 fiz esse trajeto de carro, dirigindo desde o Rio, passando por Belo Horizonte e chegando em Almenara. Foi uma aventura que me dispus a realizar para saciar um desejo por pegar a estrada sozinha pelo menos uma vez na vida. Mas confesso que atualmente não encararia mais esse desafio, pois além de ser cansativo, A BR-116 tem sua fama de ser perigosa. E de fato vi muita imprudência no decorrer da viagem, além de dirigir por você, precisa dirigir pelo outro, zelar pela segurança e antever situações de perigo. Presenciei alguns acidentes no percurso, mas felizmente fui e voltei em segurança.
Então, por conta da pandemia, passei mais de dois anos sem visitar minha família. E agora finalmente consegui vê-los. Nesse período de dois anos e meio estando longe, ficou muito nítido para mim o fato de não perceber como o tempo passa tão depressa. Rever pessoas conhecidas, amigos, familiares, com as quais eu tinha um convívio diário e notar a passagem do tempo refletida no rosto de cada um, com as marcas que o tempo deixa me causou uma sensação de que vamos envelhecendo e vivendo as mudanças com muita sutileza.
Não sei se estou me fazendo entender nesta minha reflexão, mas meu coração desejou registrar a respeito desse assunto. No cotidiano corrido vamos levando os dias de forma tão automática que não paramos para observar as mudanças sutis do tempo, apenas seguimos vivendo. Estou generalizando, pois creio que eu não seja a única pessoa do mundo que tenha essa sensação, talvez exista mais uma meia dúzia de gatos pingados que também sinta isso.
O fato é que o tempo passa e está passando enquanto escrevo essa frase. Mas no dia a dia vivemos atarefados, resolvendo nossas questões, dando conta da vida conforme conseguimos, entre outras situações diversas que encaramos, aí a gente pisca, se olha no espelho e as mudanças (não somente físicas) estão lá. Amadurecemos, mudamos nossa forma de ser, estar, pensar e isto é ótimo! As mudanças são bem vindas e necessárias, mas acontecem muitas vezes na sutileza, sem alarde e quando nos damos conta já foi!
São pensamentos um pouco complexos, mas parei para refletir sobre esse assunto por conta da minha viagem. Revisitar um lugar conhecido, rever pessoas, situações, me despertou esse sentimento de que "o tempo não para", como cantava o querido Cazuza. Fica marcado na pele, no jeito, no corpo, na forma de ser e estar presente no mundo.
E eu me pergunto se estou sendo a pessoa que desejo ser, coerente nas minhas atitudes, ações, escolhas de vida... O tempo vai passando e deixando suas marcas em meu corpo de diversas formas, mas é um exercício cotidiano rever minhas escolhas e minha forma de ser e estar no mundo. Pois minhas escolhas conduzem meu caminho enquanto estou por aqui.
O tempo simplesmente vooooooa e nessa pandemia, tanto tempo vivemos afastados de nossos queridos. Foi bom reencontrar,ainda que 15 horas encarar, em estrada perigosa pra à tua cidade chegar! Tudo vale.,né? beijos, tuuuuuuuuudo de bom,chica
ResponderExcluirEi Chica,
ExcluirCom certeza valeu muito ter ido visitar meus familiares. O tempo vai passando e a gente não se dá conta do tempo que ainda nos resta.
É muito doido pensar sobre isso...
Um abraço!
Gostei muito de te ler. Compreendo perfeitamente esse seu sentir. Há pouco também cruzei o oceano para rever os meus, pois as saudades não perdoam.
ResponderExcluirO tempo passa rapidamente e ao mesmo tempo custa a passar.
Beijinhos e tudo de bom.
Ei Fá,
ExcluirEssa questão do tempo realmente dá um nó na nossa cabeça... Mas apesar dos pesares é importante que a gente faça um esforço para estarmos perto de quem amamos, poiso tempo não perdoa.
Um abraço!
Menina, vc andava sumida e agora entendi a razão, uma excelente razão por sinal! Que bom rever a família depois de tanto tempo longe, encontrar todos bem é melhor ainda! Já pensou quantos perderam familiares nesta pandemia? Somos sortudas porque temos todos conosco! Eu já viajei bastante sozinha de carro quando eu trabalhava no interior aqui do estado, mas como vc, hoje não faço mais isso, dar uma sensação de liberdade incrível mas temos que pensar na nossa segurança também. Esta questão do tempo é até comovente, o tempo tá passando rápido demais e parece que quando estamos felizes passa ainda mais rápido, o contrário é igualmente verdadeiro. Um dia acordei e estava fazendo 50 anos! Como assim? Por dentro ainda sou uma menina e quero continuar assim. É bom rever nossa vida como um todo de vez em quando, vc tem razão.
ResponderExcluirUm abraço!
(✿◠‿◠)
Ei Ane,
ExcluirPrecisei me afastar um pouco do blog para passar um tempo de qualidade ao lado dos meus familiares. Mas agora estou de volta para este espaço que tanto me faz bem. Gosto muito daqui.
Realmente concordo com você, somos sortudas de ainda termos nossa família com saúde, tantos que perderam seus entes queridos durante a pandemia.
Viajar de carro sozinha é mesmo um delícia, mas tem seu lado ruim: o perigo das estradas.
O tempo é uma coisa maluca de se pensar a respeito mesmo, dá um nó na cabeça. E essa questão da idade mexe um pouco comigo, não me sinto com quarenta anos, na minha cabeça ainda tenho menos. É uma doideira isso.
Um abraço!
Eu moro sozinho há 3 anos sendo que
ResponderExcluirdois eu fiquei sem ver ninguém por
conta da covid, nem os filhos eu quis
que viessem me ver.
Foi duro e só eu sei o quanto é difícil
ficar longe dos amores da gente.
A família é tudo, Eliana. Tudo.
Um beijo, minha amiga querida. Um beijo.
Ei Silvio,
ExcluirEntendo a sua sensação de estar sozinho e não querer receber visitar nesses tempos de pandemia. Infelizmente é uma atitude necessária que seja dessa forma.
Precisamos nos cuidar e cuidar da saúde de quem a gente ama. E sem dúvida nossa família é muito importante.
Desejo que esteja bem!
Um abraço!
Querida Eliana.
ResponderExcluirGostei muito de ler teu depoimento sobre a passagem do tempo. Dependendo das circunstâncias às vezes temos a sensação de que o tempo passa rápido, noutras parece que não passa, que custa a passar. Tudo depende de que lado a gente está, rs. Mas é apenas uma sensação, pois o tempo passa inexorável e atende suas próprias demandas. E a gente não vê, pois vivemos ligados no piloto automático, cumprindo tarefas aqui e ali. Quando nos damos conta, já era. Ainda bem que você percebeu essas sutilezas, em plena mocidade, assim "dá tempo" de consertar algumas coisas e amenizar outras. E seguir vivendo. Parabéns por ter enfrentado a estrada para rever teus familiares. Que ninguém se iluda, nossa família é tudo o que temos por aqui. E parabéns pela excelente reflexão.
Bjs, Marli
Ei Marli,
ExcluirAgradeço pelo comentário tão esclarecedor! Realmente há momentos em que o tempo se esvai rapidamente e em outros em que se arrasta. Tudo é uma questão de perspectiva mesmo. O piloto automático ligado é que é o nosso maior problema, é importante que estejamos presentes no agora.
Um abraço!
Oi Eliana, tudo bem...
ResponderExcluirO tempo é tão relativo nas nossas vidas né...ao mesmo tempo que ele pode voar e escorrer entre nossos dedos, ele parece demorar!
É uma loucura!!!
Que bom que foi visitar e matar as saudades...eu digo que teremos que aprender a conviver com os acontecimentos da vida.
Desde sempre sou cuidadosa e tenho empatia.
Desejo que o mundo seja mais sensível e consiga enxergar amor no outro.
Este é o segredo da vida, o amor.
As pessoas precisam evoluir neste caminho...
Sua viagem foi longa hein, nossa ! rs
Tenho certeza que valeu a pena cada segundo que passou...
Super bjs e tudo de bom !!!!!
Ei Adriana,
ExcluirSem dúvida o amor é o único caminho para termos uma vida plena, viver e deixa viver.
O tempo é realmente algo difícil de explicar e compreender. Mas o fato é que é ele que regula nossa vida nesse planeta, do jeito doido que é.
Essa viagem para minha cidade é sempre muito cansativa e desgastante, mas é aquele esforço que vale a pena no final.
Um abraço!
Com a pandemia e tudo mais passou a correr nem dei por isso que coisa. Têm um bom mês
ResponderExcluirhttp://retromaggie.blogspot.com/
Oi Magda,
ExcluirÉ uma verdade o que você escreveu, a pandemia bagunçou demais a rotina e o tempo.
Obrigada!
Um abraço!
O tempo realmente voa mesmo andamos sempre na correria do trabalho e vida pessoal quando vamos parar para refletir um pouco por vezes reparamos naquilo de bom que perdemos. Sabe sempre bem desligar das redes sociais e aproveitar a familia.
ResponderExcluirhttp://retromaggie.blogspot.com/
Exatamente, Magda!
ExcluirMuitas vezes a gente precisa parar e refletir sobre o que é mais importante no momento.
Um abraço!
Me mudei e estava sem Internet até hoje de manhã. Atualizando meus e-mails e conversas. Pois te digo, uma coisa que sempre ecoa na minha mente é: a vida não espera. A gente fica se distraindo, fazendo coisa e a vida não espera, ela vai. A gente que tem que estar bem consciente dos momentos para não deixar que eles escorram. Ainda mais em época de pandemia. Fique bem!
ResponderExcluirEi Cris,
ExcluirImaginei que você estivesse na correria ajeitando as coisas da mudança. Mudanças dão muito trabalho!
De fato, concordo com você! A vida não espera! O tempo simplesmente passa e a gente nem dá conta de tudo o que gostaríamos.
Obrigada!
Um abraço!
O tempo realmente tem passado a voar!
ResponderExcluirBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Verdade, Teresa... Piscou os olhos e foi!
ExcluirUm abraço!
Eliana, um abraço pra você!
ResponderExcluirBoa semana!
(✿◕‿◕✿)
Obrigada, Ane!
ExcluirOi, Eliana!!
ResponderExcluirÉ muito bom encontrar mais um blog pessoal no mundo, e acompanhar a sua escrita é muito gostoso.
Já me peguei pensando nisso, mas confesso que essa reflexão me dá um pouco de angústia, especialmente agora na pandemia. Talvez porque, mesmo tentando, a passagem do tempo é uma das poucas coisas que a gente não consegue negar, nem mesmo disfarçar. Ela está ali, e as opções "fazer algo sobre isso" e "se deixar levar pelo fluxo" ambas me deixam meio nervosa rs rs
Mas é gostoso saber que esse tipo de pensamento não passa só pela minha cabeça. Obrigada por dividir aqui no blog as suas impressões e pensamentos. ^^
beijos!
Ei Emi,
ExcluirQue bom te ver por aqui!
Também gosto de encontrar novos blogs no estilo pessoal para ler, acho muito bom!
Entendo a sua angústia a respeito de refletir sobre a passagem do tempo. Sinto exatamente a mesma coisa! Quando a ficha cai dá um baque forte na gente.
Mas enfim, não temos muito o que fazer a respeito, não é mesmo? É aceitar e conviver com as mudanças.
Um abraço!